quinta-feira, 22 de maio de 2008

"Grande Cromo"



Existe um momento de pânico quando tomas consciência que fizeste asneira, que a culpa é totalmente tua e, que não há nada que possas fazer para reparar tal situação. Não deixa de ser um sentimento agradável, se se considerar que é melhor sentir alguma coisa do que nada sentir…


Tudo isto para servir de nota introdutória sobre um erro estúpido que eu fiz ontem à tarde e, em relação ao qual eu penso vir a sobreviver… Tudo começou… com um rascunho, que já ia na quarta tentativa. Acidentalmente enviei por e-mail o primeiro rascunho, portanto, o trabalho ainda em "bruto" e sem as "últimas correcções" (tinha gravado o primeiro num outro ficheiro). É claro que na resposta a este e-mail recebi todo um conjunto de comentários, em grande parte já repetidos (já que o rascunho inicial não estava ainda sujeito às correcções, ao contrário da última versão).


Foi no momento que o recebi que entrei em pânico. "O meu chefe deve, neste momento, pensar que sou tão estúpido ao ponto de não fazer as alterações que ele mesmo escreveu aquando da correcção do primeiro rascunho... talvez questione a razão pela qual eu ignorei os seus comentarios daquela maneira... e eventualmente algo zangado por o forçar a escrever os mesmos comentários novamente, apenas o fazendo perder tempo.

Foi uma pequena versão da história que se instalou no meu cerebro e quem sabe no dele também...

Quem sabe a explicação de que inseri o documento errado ao e-mail faça sentido, e ele pense apenas que sou demasiado estúpido por não ser capaz de inserir o documento correcto. Sempre causa menos "estragos" do que pensar que sou demasiado estúpido para compreender as alterações que ele pediu. Acho que vou por esse caminho...

A ver vamos...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

"Biba o Sporting, Carago"


Ok… Afinal sempre vais para a Faculdade de Direito…


Irmão… “És tramado”… Tens média e garra para fazeres o que quiseres. Este “post” pode parecer ainda algo prematuro, mas o ano lectivo está no fim e chegou a altura de “brincar um pouco com a situação”…

Este é o teu último verão de liberdade. Sei que estás ansioso por desperdiçar (agora) quatro anos da tua vida e mais de 4 mil euros em livros e propinas, para que possas trabalhar 20 horas por dia de fato e gravata.

Já que não fui suficientemente influente para te fazer mudar de ideias… algumas “dicas” mano…
1.º - Tens que ter uma resposta à seguinte questão, com duração inferior a 60 segundos: “Porquê Direito?” Não é importante se a resposta é verdadeira ou pura invenção, simplesmente vai-te ser feita um milhão de vezes e é preferível inventares desde já algo para dizer. “Quero ajudar as pessoas”, vai dar certamente origem a muitos sorrisos e algumas gargalhadas. “Quero ajudar pessoas, mais ou menos ricas, a passarem a moderadamente ricas” já está melhor… Talvez a melhor resposta seja:

- “Sócrates (o filósofo, para não haver dúvidas) tinha como lema o famoso “conhece-te a ti mesmo”, eu gosto mais do “ajuda-te a ti mesmo”.
2.º - Escreve uma pequena nota com todos os objectivos que tens em mente. “Vou usar a minha licenciatura em Direito e trabalhar para a Greenpeace e assegurar que os políticos malvados não vão destruir mais florestas”. Independentemente das razões ideológicas por detrás da tua escolha, passa-as a escrito, coloca dentro de um envelope, e entrega-o a alguém que confies. Daqui a quatro anos, podes olhar para trás e chorar…

3.º - Deixa de imaginar a Faculdade de Direito como algo completamente diferente de tudo o que já fizeste antes. Quem sobrevive no secundário, sobrevive na faculdade. Eventualmente, quem gosta do secundário, provavelmente vai gostar da faculdade. É verdade que vais ter que ler uma quantidade de coisas todas as semanas. Não vão ser certamente os mais excitantes 4 anos da tua vida e vais passar bastante menos tempo com a família e amigos, requer mesmo uma alteração substancial do teu estilo de vida e vais ser “empurrado” para uma existência miserável no momento que pensares que não vais passar a Direito Constitucional. Apesar disso é uma “escola” e nesse ponto de vista não é um facto desconhecido, requer algumas horas, não tantas como temes, e tudo vai correr bem.

4.º - Não percas o contacto com todas as pessoas que conheces fora do circulo universitário. Mesmo que signifique plagiar e-mails, planear com alguma antecedência visitas, estipular jantares semanais, criar um blog… assegura-te que o teu envolvimento no curso não signifique perder tudo o resto. Mesmo se gostares do curso. Até porque a determinada altura, deixa de ser novidade e, vais-te sentir sozinho e querer voltar a ganhar contacto com essas pessoas. 4 anos passam relativamente depressa, verdade? Não há, portanto, razão para perderes a vida, os amigos, os hobbies e as paixões só porque estás no curso de Direito. Não vale a pena…

5.º - Tenta fazer amizade com estudantes de outros anos, talvez te emprestem livros antigos, com um pouco de sorte já sublinhados, não vale a pena os comprares… não vale mesmo… Os códigos, esses não tens grande escolha…

6.º Aproveita bem o verão. Não será o teu último verão de liberdade, mas é importante que tires proveito. A Faculdade de Direito de Lisboa poderá “moldar a tua personalidade, apagar a tua criatividade e, silenciar as tuas paixões”. Talvez seja a última vez que vais ser tu mesmo e não uma versão, exausta e sem alma, de ti. Aproveita para fazer tudo o que tens medo de não ter tempo assim que iniciares as aulas. Boa sorte e “godspeed”.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sem comentários…

Qual será a razão pela qual se dá nome aos furações, mas não aos tremores de terra? A sério, porque razão têm direito a nome, e as restantes calamidades naturais não o têm? Não seria, portanto, de esperar que todos os restantes desastres o tivessem também?
- “Estou com uma gripe das antigas.”
- “Sim, a Olga tem estado presente nas últimas semanas”.
- “Não, estás enganado. A Olga apanhou-me o ano passado. Esta, acredito ser a Paula.
- “Pois, é terrível.”

Pelo menos os desastres naturais deveriam ter igualmente direito a nome. E porque não o dar também a tudo o que de mal acontece nas nossas vidas?
- “O Vítor está a algumas semanas de distância.”
- “Estás a falar do exame final, certo?”
- “Não, estou a falar do meu primo Vítor, que vem passar o fim de semana.”
- “Ah… mas tens também o exame final, verdade?”
- Sim sim, e temos as cheias dos últimos dias.”
- “Bolas… isto era mais fácil quando só se dava nomes aos furacões.”

Continuo sem entender porque é que estes têm direito a nome… Não se poderia apenas dizer que um furação se está a aproximar? Nem se trata de estarmos confrontados com 5 ou 6 ao mesmo tempo, na mesma região, de tal forma que não nos seria possível os distinguir. Um surge, vai-se embora, e nunca mais regressa… Então, o que é que torna os furacões especiais? Os tornados não são igualmente maus? Contudo, nunca ninguém iria dizer, por exemplo, que o Tornado Pedro atingiu a cova da moura, a não ser que alguém com esse nome lá fosse desarrumar a sala de estar de um dos moradores…
Não entendo…

Tibete


A luta por um Tibete livre tem, infelizmente, rondado a utopia, sem nunca deixar de ser do conhecimento da generalidade da população ocidental, mas será que sabia que:
O primeiro contacto que o Ocidente teve com o Tibete deveu-se ao Padre António de Andrade da Companhia de Jesus, português, no ano de 1624. A sua primeira carta, intitulada "Novo Descobrimento do Gram Cathayo ou Reinos do Tibete”, datada de 8 de Novembro de 1624, foi dirigida, de Agra, ao provincial André Palmeiro e publicada, depois, em Lisboa, por Mateus Pinheiro, em 1626.A divulgação da existência destes reinos através da Europa foi bastante rápida. Assim, no mesmo ano da publicação em Lisboa, a carta foi traduzida para espanhol e no ano seguinte para italiano e francês; dois anos depois para polaco e cinco anos mais tarde para flamengo (holandês). Isto significa que logo após a chegada de António de Andrade ao Tibete, a informação da "descoberta" fora traduzida em cinco línguas, cobrindo grande parte da Europa.

Free Tibete

http://www.inforquali.pt/casatibete/a_eventos.php