quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sem comentários…

Qual será a razão pela qual se dá nome aos furações, mas não aos tremores de terra? A sério, porque razão têm direito a nome, e as restantes calamidades naturais não o têm? Não seria, portanto, de esperar que todos os restantes desastres o tivessem também?
- “Estou com uma gripe das antigas.”
- “Sim, a Olga tem estado presente nas últimas semanas”.
- “Não, estás enganado. A Olga apanhou-me o ano passado. Esta, acredito ser a Paula.
- “Pois, é terrível.”

Pelo menos os desastres naturais deveriam ter igualmente direito a nome. E porque não o dar também a tudo o que de mal acontece nas nossas vidas?
- “O Vítor está a algumas semanas de distância.”
- “Estás a falar do exame final, certo?”
- “Não, estou a falar do meu primo Vítor, que vem passar o fim de semana.”
- “Ah… mas tens também o exame final, verdade?”
- Sim sim, e temos as cheias dos últimos dias.”
- “Bolas… isto era mais fácil quando só se dava nomes aos furacões.”

Continuo sem entender porque é que estes têm direito a nome… Não se poderia apenas dizer que um furação se está a aproximar? Nem se trata de estarmos confrontados com 5 ou 6 ao mesmo tempo, na mesma região, de tal forma que não nos seria possível os distinguir. Um surge, vai-se embora, e nunca mais regressa… Então, o que é que torna os furacões especiais? Os tornados não são igualmente maus? Contudo, nunca ninguém iria dizer, por exemplo, que o Tornado Pedro atingiu a cova da moura, a não ser que alguém com esse nome lá fosse desarrumar a sala de estar de um dos moradores…
Não entendo…

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